Rituais no Antigo Egito

Os Aspectos Rituais

A religião do antigo Egito durou mais de 3.000 anos, e era politeísta, significando que havia uma multidão de divindades, que se acreditava residir dentro e controlar as forças da natureza. Para cada celebração ritualística havia um cerimonial, objetos e cânticos e recitações que deveriam ser procedidas da maneira mais correta possível, pois cada símbolo, movimento, composição alegórica, tinha ali a sua razão de ser

O ato mágico mais poderoso era o que o coração desejava e a língua ordenava. Uma vez que uma palavra era dita, ela tomava um curso inevitável, pois o poder estava na palavra dita, e a mente era a força criativa, que tornava a ideia realidade. Os nomes apropriados, quando falados ou escritos, eram ainda mais poderosos.

Maspero escreve o seu comentário sobre essa atividade de nomear as coisas. “Nada existia que não tivesse recebido um nome, e qualquer um que tenha perdido seu nome perdeu sua personalidade e sua independência”, e poderia ter a alma impedida de reencarnar. Entoar um nome era “fazê-lo aparecer”, e saber um nome oculto tinha o maior dos poderes. O valor de pronunciar fielmente as frases mágicas, as ladainhas e as fórmulas era crucial. Os egípcios muitas vezes regulamentavam a administração de remédios e a recitação de feitiços pelas leis dos números mágicos; predominavam o três, o quatro e o sete.

Quanto ao ritual em si, uma combinação de complementos era utilizada. Os gestos produziam os maiores resultados, e ações simuladas e drama realista eram realizados a fim de trazer os resultados desejados. Água do Nilo, óleos puros, vinho, perfumes fortes e uma grande quantidade de incenso eram usados. Durante os rituais, os oficiantes usavam amuletos e talismãs bem como os levavam e os empregavam por uma variedade de razões. Esses amuletos e talismãs ganhavam sua potência com sua forma e com a inscrição de nomes e números sagrados.

Um conjunto de ferramentas rituais era utilizado, dependendo da natureza do ritual. Se era um rito de enterro, os emblemas osirianos do cajado e do mangual eram usados pelo alto sacerdote. O cajado servia como a ferramenta que abria a fenda da boca para que o espírito do homem pudesse partir. A ankh, símbolo da nova vida, também era usado sobre o corpo e na boca. A ankh era retratada sendo carregado por muitos deuses e deusas e era usada no ritual para bênção, cura, consagração e como uma ferramenta de aterramento. O incenso era usado quase continuamente em todos os ritos, especialmente nos de purificação. A mesa de oferenda era repleta de óleo, mel, flor, fruta, peixe e aves. Havia instrumentos musicais de vários tubos, tambores e cordas, que eram tocados. O sistro era gentilmente tocado para acompanhar cantos e hinos para apaziguar os Deuses, ou era balançado ruidosamente para acordar os Deuses.

Os Egípcios eram adeptos a amuletos e cada um servia para um propósito em vida ou depois dela. Os egípcios acreditavam que usando um amuleto poderiam ter o poder que este representava, ou seja, se carregassem o amuleto de um touro, poderiam ter a mesma força de um. Foi de longe um dos acessórios mais utilizados em toda a história egípcia. Por isso, faz-se necessário entendê-los, para compreendermos um pouco mais sobre as crenças do povo egípcio. A grande maioria dos “adornos” utilizados, geralmente de grande beleza, tinham função muito maior que simplesmente função estética, embora não se pode negar que tem um charme peculiar que se passaram séculos e ainda despertam a atenção.

Inúmeras joias delicadas e atemporais, que chamam a atenção e podem ser usadas no dia a dia como o belíssimo Anel Atlante.

Fontes:

https://opussolisoto.org/uma-introducao-a-magia-egipcia/

https://aulazen.com/historia/religiao-do-egito-antigo-religiao-egipcia-crencas-deuses-rituais/